quarta-feira, setembro 27, 2006

Do lado de cá.


Jura, 1ª temporada. Juro que só me apetece bater na Teresa Guilherme.

terça-feira, setembro 26, 2006

Agarra nela e puxa.


Os anos passam mas a irritação não. Amén!

sexta-feira, setembro 22, 2006

Urticária.



Irrita-me o achar que ninguém no Mundo é mais bonito, mais bem vestido, mais inteligente, mais culto, mais bem relacionado, mais telegénico, mais masculino e mais insuportável do que ele. Aposto que pode vangloriar-se e muito desta última. Zoom out, please!

Zapping rápido.



Irrita-me a forma como grita aos entrevistados, irrita-me o sorriso rasgado e permanente, irrita-me o ar blasé de quem se julga o máximo de microfone em riste. Pode ser muito boa rapariga esta Bárbara Oliveira, mas eu se fosse à RTP tinha cuidado com ela: numa pequena sondagem, descobri muita gente que muda de canal.

Atenção: dois vídeos com som!



Não temos X, pode ser Y?

Há na maioria dos cafés este costume recorrente de nos irritar. Chamemos-lhe Complot do Pode ser. Nunca têm a nossa bebida preferida. Sim, isto é mais coisa de bebida, porque se quisermos uma nata e não houver, o empregado dificilmente responde: não há, pode ser um Bolo de Arroz?
Geralmente, e sem explicação, o Complot do Pode Ser acontece com as bebidas que mais gostamos e as que são, por variadas razões, mais populares. Quando não há Coca-cola, pode ser uma Pepsi? Quando não há Águas das Pedras, pode ser Vidago? Quando não há Sumol, pode ser Sucol? Quando não há 7-Up, pode ser Sprite? Quando não há Luso, pode ser Vitalis?
Não pode ser, não.
Eu que sou fiel a alguns hábitos, perco imediatamente a vontade. E se por vezes cedo ao Complot do Pode ser, a maioria das vezes mudo de género de produto. Vou estar atento a este fenómeno e perceber se ele existe noutros sectores do consumo. Eu acho que não há, mas pode ser que sim.

Bacardi quê?



Porque é que os empregados de bar deste país insitem em corrigir quando alguém pede "Bacardi Limón com limão". Sim, repetem alto e em bom som "Bacardi lemon", como que a dizer: "Olha-me este parolo que nem sabe o nome da bebida que quer! Diz-se lemon e não limón."
Azarito o deles, diz-se mesmo Limón pela simples razão que é esse o nome da bebida. Vem na garrafa, bastava saberem ler. Leiam com atenção, parem de corrigir e de irritar. Por cada lemon que levem como eco, há um limón que podem/devem atirar novamente à cara. Cheers, thanks a lot!

O melhor de...?


Como pode fazer-se uma compilação dos melhores temas de quem só tem temas maus? Como se arrisca um "best of" de quem nunca consegui sair do "the worst"? Que melhor têm os Europe para nos oferecer? E o Cliff Richard? E o Richard Clayderman? E a Mónica Sintra? A lista de nomes é pessoal e interminável.
Mas se pensam que fico por aqui, enganaram-se. Pior do que os "best of" é uma outra abordagem, os "Essentials". Sugiro já que se pense num volume " The Essential Ágata", um cd essencial para as lides domésticas. Imagine que bom será limpar a casa de banho ao som de "Perfume de mulher", ou aspirar trauteando o tema "Não fiques com ele", cortar cebola na melodia de "Abandonada". Cada tema da Ágata combina com uma acção ou divisão da casa. E quem diz esta, diz outra ou outro essencial qualquer.

quinta-feira, setembro 21, 2006

Mafalda Veiga



Irrita-me porque canta, o que canta e a forma como canta. É mais forte do que eu.

Pessoas em escadas rolantes.


Num país civilizado, onde as escadas ou tapetes rolantes e a educação andam par a par, o indivíduo quando quer contemplar as vistas ou, simplesmente, não tem pressa, desloca o seu corpinho para o lado direito do mecanismo e deixa livre o da esquerda para ser devidamente ultrapassado. Não conheço nenhum país civilizado onde essa regra não seja quase escrupulosamente cumprida. Lá, entendem que a função da escada/tapete é levar-nos mais rapidamente e sem grande esforço ora para cima, ora para baixo. Os portugueses cedo esqueceram o "rapidamente" e concentraram-se no "sem esforço".
Em Portugal é exactamente aleatório isto dos lados do mecanismo. O português pensa que o melhor é deixar-se levar: "Deixa-me ir aqui sossegadinho, não vá isto avariar e eu cair para a frente" ou, "Estas paredes do metro estão a precisar de uma limpeza. Já não devem ver pano desde o terramoto!" ou ainda " A zara é para cima ou para baixo? Ai que isto vai prós restaurantes e eu não quero comer."
Quando assentam os dois pés é para levantá-los só no final. Deixar passar os que não querem parar é que não vale a pena. Quem tem pressa que vá pelas escadas normais.