quinta-feira, setembro 21, 2006

Pessoas em escadas rolantes.


Num país civilizado, onde as escadas ou tapetes rolantes e a educação andam par a par, o indivíduo quando quer contemplar as vistas ou, simplesmente, não tem pressa, desloca o seu corpinho para o lado direito do mecanismo e deixa livre o da esquerda para ser devidamente ultrapassado. Não conheço nenhum país civilizado onde essa regra não seja quase escrupulosamente cumprida. Lá, entendem que a função da escada/tapete é levar-nos mais rapidamente e sem grande esforço ora para cima, ora para baixo. Os portugueses cedo esqueceram o "rapidamente" e concentraram-se no "sem esforço".
Em Portugal é exactamente aleatório isto dos lados do mecanismo. O português pensa que o melhor é deixar-se levar: "Deixa-me ir aqui sossegadinho, não vá isto avariar e eu cair para a frente" ou, "Estas paredes do metro estão a precisar de uma limpeza. Já não devem ver pano desde o terramoto!" ou ainda " A zara é para cima ou para baixo? Ai que isto vai prós restaurantes e eu não quero comer."
Quando assentam os dois pés é para levantá-los só no final. Deixar passar os que não querem parar é que não vale a pena. Quem tem pressa que vá pelas escadas normais.

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